terça-feira, 31 de março de 2009

O amor faz-nos sofrer, senão não era amor.

Toda a gente insiste em escrever sobre o amor. As opiniões variam de pessoa para pessoa, de experiência para experiência.
O amor bom que nos faz ser felizes, e o amor quando tira umas férias.

Pode até existir alguém com quem ficarei no fim da vida, mas até lá chegar, todo um conjunto de pessoas cruzará o meu caminho. Com isto não quero dizer que não amarei de verdade.

Para mim, o amor é definitivamente algo que se sente, e que consequentemente se manifesta em acções, ou vice-versa.

O amor requer conhecimento sobre nós próprios, para em conjunto com vários factores que vêm ao nosso encontro, permitir-nos também conhecer o outro.
Sei que amar é o plural de vários sentimentos singulares. É o supra sumo de todos os sentimentos.

Amar envolve paixão, atracção, afeição, conquista, desejo, bem estar, satisfação, querer bem. Respeito, amizade, compreensão, sinceridade, confiança e lealdade. Força, dedicação e originalidade. Valores e ambições.

A busca do amor perfeito não se faz em vão. Esta permite-nos encontrar noutra pessoa tudo aquilo que procuramos para nos preencher, o que me leva a conclusão que a busca do amor é a na realidade a busca pelo que temos em falta, aquilo que, de certa forma, não possuímos, não generalizando.

Tudo isso pode ser encontrado em qualquer pessoa, em qualquer parte do mundo, em qualquer raça, em qualquer sexo.

O amor é livre.

É livre porque apenas importa a forma como nos toca e faz sentir, e não a fonte emissora.
Amar é uma entrega e possível apenas porque nós permitimos. Permitimos despir o corpo e mostrar com clareza o nosso interior. Que nos invadirá a alma.

O amor implica dedicação e por vezes abrir mão do nosso orgulho e das nossas vontades apenas para a satisfação do outro. O amor implica também ceder.

E nada disto resultará sem reciprocidade.

Contudo o amor não seria perfeito se nos omitissem o seu oposto.
Quem nunca sentiu a dor, a mágoa, a tristeza, o sofrimento, nunca amou. Como acredito que toda a gente já tenha sentido isso, seja de que maneira for, leva-me a pensar que todo o humano ama sob formas diferentes.

O amor dá-nos mais dor que prazer, e se não nos fizesse sofrer não se chamaria amor.

E depois da árdua tarefa de transcrever o amor para palavras, termino dizendo que o este não se escreve, sente-se.

Reflecte-se quando penso e olho para ti.